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quarta-feira, 5 de novembro de 2008

'I have a dream!'

"O negro ainda não é livre. A vida do Negro continua a ser desgraçadamente tolhida pelas algemas da segregação e pelas grilhetas da discriminação. O Negro vive numa ilha deserta de pobreza no meio dum vasto oceano de prosperidade material. O Negro continua confinado aos cantos da sociedade americana e sente-se exilado na sua própria terra.

Não haverá sossego nem tranquilidade na América enquanto o Negro não vir garantidos os seus direitos de cidadania.

Digo-vos hoje, meus amigos, mesmo que tenhamos de enfrentar as dificuldades de hoje e amanhã, eu ainda tenho um sono. Um sonho que mergulha profundamente as suas raízes no sonho americano.

Tenho um sonho de que um dia esta nação se irá erguer e viver o significado autêntico do seu credo - temos por verdades evidentes que todos os homens foram criados iguais.

Tenho um sonho de que um dia nas vermelhas encostas da Geórgia os filhos dos antigos escravos e os filhos dos antigos donos de escravos conseguirão sentar-se juntos à mesa da fraternidade.

Tenho o sonho de que até o Estado do Mississipi, um Estado asfixiado pelo calor da injustiça, asfixiado pelo calor da opressão, se irá transformar num oásis de liberdade e justiça.

Tenho um sonho de que os meus quatro filhos pequenos irão um dia viver num país em que não serão julgados pela cor da sua pela mas sim pelo conteúdo do seu carácter.

Eu hoje tenho um sonho!

É esta a nossa esperança. Com esta fé seremos capazes de talhar da montanha do desespero um calhau de esperança. Com esta fé seremos capazes de trabalhar lado a lado, rezar lado a lado, lutar lado a lado, ir para a prisão lado a lado, bater-nos pela liberdade lado a lado, com a certeza de que um dia seremos livres.

Quando todos fizermos soar o sino da liberdade, quando o fizermos soar por todas as aldeias e lugarejos, por todos os Estados e cidades, então sim, iremos poder apressar a chegada do dia em que todos os filhos de Deus, pretos e brancos, serão capazes de dar as mãos e cantar "Finalmente livres, finalmente livres!".

Obrigado, Deus Todo-Poderoso, somos finalmente livres!"

Martin Luther King, 26 de Agosto de 1963

(texto com supressões)

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