A perfeição não existe. É uma ideia que criamos na nossa cabeça e, tirando Deus, ninguém é universalmente perfeito. Não se pode ser perfeito para todos porque a perfeição de uns é diferente da perfeição de outros, tudo porque nós somos únicos, únicos geneticamente e em tudo o resto, na forma de (re)agir, na forma de ser e na forma de ver. A nossa cabeça criou uma meta, uma concepção transcendente e irreal e decidiu chamar-lhe perfeição, decidiu que não tinha nada para fazer na vida e que buscar essa meta seria um bom entretenimento. À custa disso, andamos de um lado para o outro sem saber o que queremos e sem perceber que mais do que metas e ideias irreais, a nossa vida deve rodar à volta do essencial. E não roda, roda à volta de ser o melhor, o mais rápido e o mais eficaz.
E depois não admira que nos caia o mundo quando percebemos que há metas impossíveis de atingir e que não se pode agradar a todos...