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terça-feira, 30 de setembro de 2008

é tudo uma questão de definição...

Matilde - Hoje o meu almoço foi esparguete à bolonhesa!
Gui - O meu não!
Maria - Então qual foi o teu Gui?
Gui - Foi esparguete com carne.
(risos)

P.s. a empresa dos almoços é a mesma!

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

já começou...

Já tenho trabalhos de casa e, eu sei que parece impossível mas, isso continua a ser uma coisa que me chateia e atrapalha o sistema!! Os meus devem estar a começar a comemorar os seus 11 anos, anos suficientes para já terem juízo e decidirem-se, de uma vez por todas, a deixar-me em paz.. É raro dar-lhes o braço a torcer e deixar que me estraguem o descanso, enchendo-o de equações e problemas que ocupam muito tempo na aula.
Devia ir fazê-los mas o que é certo é que as páginas continuam em branco e os trabalhos de casa continuam a ocupar-me os primeiros minutos da aula, ou, com sorte, os últimos minutos antes do merecido descanso!
=)

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

é por entre...

...começos e recomeços que se contam tantas histórias de chegadas e partidas que Setembro avista todos os anos! A rotina vai-se fazendo ao jeito de novo ano e novas experiências, e enquanto que algumas se mantêm, outras experimentam mudar e dão-nos um cheirinho de novos caminhos e novos desafios!!
Cá em casa estamos todos em mudança e vivo com uma coordenadora de departamento, um professor à volta com trabalhos, um moço que é o mais velho da sala e a grande mudança é a da menina que se está a estrear no ciclo! A estreia estava a ser em grande até surgir um baptismo menos agradável com 7 pontos na cabeça!! Se fosse eu não admirava, mas a Matilde não é, graças a Deus, veterana nestas andanças de bordados na cabeça e cicatrizes, mas vá lá, escolheu um sitio onde a cicatriz nem se vai ver (abençoado cabelo!). É claro que eu prefiro a cara e, assim, mostro de uma só vez a meia dúzia de cicatrizes!!
O meu 11ºano vai-me trazer trabalho e olhos a arder de cansaço, mas quanto a isso, estou vacinada!



:)

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Há 7 anos...


...vivia-se a "tragédia" e as perguntas percorriam-me o pensamento! "O que é que aconteceu às torres lá em Nova Iorque, mãe? É na cidade das tias? Elas estão bem?"
Há 7 anos ainda a minha infância me protegia do terror que inundou as notícias e que, tão inesperadamente, inundou a vida de milhares de inocentes.
Há 7 anos tinha eu 9 e vinha da escola quando soube o que se tinha passado. Estava a começar o meu 4ºano da escola primária e começava a sentir o sabor amargo de almoçar ao som do terror...
Há 7 anos tinha a Matilde 3 aninhos e ainda tinha no olhar o brilho inocente que nem o estrabismo incomodava. O Gui ainda nem sonhava existir e nem nós imaginávamos o presente que dentro de 1 ano iria nascer!
Há 7 anos nascia o Sol em Nova Iorque e o dia nascia normal e tranquilo.
Hoje, 11 de Setembro, o dia nasceu chuvoso até o Sol abrir, de novo, radiante e forte! Também Nova Iorque teve dias chuvosos e tristes, também Nova Iorque voltou a ver o Sol nascer inocente e aconchegador... Hoje os meus olhos encheram-se de lágrimas ao recordar o que há 7 anos não compreendia! Hoje já não me posso refugiar nos meus 16 anos para fugir ao terror e palavras que há 7 anos não faziam sentido, hoje são sinónimo de dor da Humanidade e frustação do ser humano!!



quarta-feira, 10 de setembro de 2008

with your kiss my life begins

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

entre caminhos como peregrina...

Vieira de Santiago - guia no caminho
"Caminham em filas ao lado das estradas nacionais, por trilhos de terra batida, atravessando pequenos povoados que antes desconheciam, cruzando horas e horas a paisagem de giestas e silêncio. Têm em português um nome que deriva de uma forma latina: Per ager, que significa "através dos campos"; ou Per eger, "para lá das fronteiras". Definem-se, assim, por uma extraterritorialidade simbólica que os faz, momentaneamente, viver sem cidade e sem morada. Experimentam uma espécie de nomadismo: não se demoram em parte alguma, comem ao sabor da própria jornada, dormem aqui e ali. Num tempo ferozmente cioso da produção e do consumo, eles são um elogio da frugalidade e do dom. Relativizam a prisão de comodismos, necessidades, fatalismos e desculpas. E o seu coração abre-se à revelação de um sentido maior.
A verdade é que é difícil ter uma vida interior de qualidade, se nem vida se tem, no atropelo de um quotidiano que devora tudo. Na saturação das imagens que nos são impostas, vamos perdendo a capacidade de ver. No excesso de informação e de palavra, esquecemos a arte de ouvir e comunicar vida. Damos por nós, e há, à nossa volta, um deserto sem resposta que cresce. E quando nos voltamos para Deus, parece que não sabemos rezar. Estes peregrinos que tornam a encher as estradas de Santiago assinalam-nos o dever de buscar a estrada luminosa da própria vida. Já não separam a existência por gavetas estanques, mas o seu corpo e a sua alma respiram em uníssono. A oração torna-se natural como uma conversa, e as conversas enchem-se de profundidade, de atenção, de sorrisos. A parte mais importante dos quilómetros que percorrem não está em nenhum mapa: eles caminham para um centro invisível onde pode acontecer o encontro e o renascimento.
Queria dedicar este texto a um amigo que fez a sua primeira peregrinação. A meio do caminho enviou-me uma mensagem a dizer: «Aprendo a rezar com os pés».
José Tolentino Mendonça


O caminho faz-se de vida!
O p.Rui dizia que o caminho não é mais do que a estufa da nossa vida e que era ali que nos íamos descobrindo!! "É aqui que vos conhecemos porque é aqui que as personalidades vêm ao de cima, é no caminho que vemos como reagem à dor, como se entreajudam e como convivem!" dizia ele numa conversa que teve connosco e que se seguiu de um abraço dos bons, o dos 16 anos..
O caminho faz-se de lágrimas e sorrisos, dor e gargalhadas, de olhares que reflectem o medo e, por vezes, o desânimo! O caminho não se faz da força de duas pernas, nem da resistência de muitos anos de desporto, muito menos de uma alma sozinha, porque o caminho só se faz com a força de muitas pernas (dos que caminham ao nosso lado e dos que caminham connosco), com a resistência de muitos laços e muita amizade e, sobretudo, com a alma cheia de sorrisos! E, no fundo, a bagagem de quem caminha não é mais do que um coração cheio de amor de todos aqueles que já caminharam, dos que caminham e dos que caminharão connosco nesta vida que, para mim, já vai nos 16 anos e uns dias!
No fim, na alegria da chegada, concluí que, também eu, tinha aprendido a rezar com os pés!

:)

Catedral de Santiago de Compostela - destino para tantos