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sexta-feira, 10 de julho de 2009

"Ficas responsável para todo o sempre por aquilo que está preso a ti!"

"E o principezinho voltou a perguntar:
- O que é que "estar preso" quer dizer??
- Quer dizer que se está ligado a alguém, que se criaram laços com alguém. - disse a raposa.
- Laços?
- Sim, laços - disse a raposa - ora vê: por enquanto, para mim, tu não és senão um rapazinho perfeitamente igual a outros cem mil rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Por enquanto, para ti, eu não sou senão uma raposa igual a outras cem mil raposas. Mas, se tu me prenderes a ti, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E, para ti, eu também passo a ser única no mundo...
(...)
- E o que é que é preciso fazer? - perguntou o principezinho.
- É preciso ter muita paciência. Primeiro, sentas-te um bocadinho afastado de mim, assim, em cima da relva. Eu olho para ti pelo canto do olho e tu não dizes nada. Mas todos os dias te podes sentar um bocadinho mais perto...
O principezinho voltou no dia seguinte.
- Era melhor teres vindo à mesma hora - disse a raposa. - se vieres, por exemplo, às quatro horas, às três, já eu começo a ser feliz. E quanto mais perto for da hora, mais feliz me sentirei. às quatro em ponto já hei-de estar toda agitada e inquieta: é o preço da felicidade! Mas se chegares a uma hora qualquer, eu nunca saberei a que horas hei-de começar a arranjar o meu coração, a vesti-lo, a pô-lo bonito... São precisos rituais.
- O que é um ritual? - perguntou o principezinho.
- É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias e uma hora, diferente das outras horas. - respondeu a raposa.
Foi assim que o principezinho prendeu a si a raposa."
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E pensar que a história de qualquer amizade, não é mais do que a história da raposa e do principezinho, a história de cativar e ser feliz. No início não passamos de estranhos um para o outro, mas com o tempo vamo-nos cativando e encontrando, e vamos começando a ser mais felizes, juntos!
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"-Anda, vai ver outra vez as rosas. Vais perceber que a tua é única no mundo. Quando vieres ter comigo, dou-te um presente de despedida: conto-te um segredo.
O principezinho lá foi ver as rosas outra vez.
- Vocês não são nada parecidas com a minha rosa! Vocês ainda não são nada - disse-lhes ele - não há ninguém preso a vocês e vocês não estão presas a ninguém. Vocês são como a minha raposa era. Era uma raposa perfeitamente igual a outras cem mil raposas. Mas eu tornei-a minha amiga e, agora, ela é única no mundo.
Vocês são bonitas, mas vazias - ainda lhes disse o principezinho - não se pode morrer por vocês. Claro que, para um trauseunte qualquer, a minha rosa é perfeitamente igual a vocês. Mas, sozinha, vale mais do que vocês todas juntas, porque foi a ela que eu reguei. Porque foi a ela que eu pus debaixo de uma redoma. Porque foi a ela que eu abriguei com o biombo. Porque foi a ela que eu matei as lagartas (menos duas ou três, por causa das borboletas). Porque foi a ela que eu ouvi queixar-se, gabar-se e até, às vezes, calar-se. Porque ela é a minha rosa."

A beleza da amizade está na maravilha que é poder cuidar de alguém, poder sentir os mesmos problemas e as mesmas alegrias, poder estar preocupado e poder sentir o calor de um abraço.
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"E então voltou para o pé da raposa e disse:
- Adeus...
- Adeus - disse a raposa - vou-te contar o tal segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos...
- O essencial é invisível aos olhos - repetiu o principezinho, para nunca mais se esquecer.
- Foi o tempo que tu perdeste com a tua rosa que tornou a tua rosa tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... - repetiu o principezinho, para nunca mais se esquecer.
- Os homens já se esqueceram desta verdade - disse a raposa - Mas tu não te deves esquecer dela. Ficas responsável para todo o sempre por aquilo que está preso a ti. Tu és responsável pela tua rosa...
- Sou responsável pela minha rosa... - repetiu o principezinho, para nunca mais se esquecer."


E pensar que nos conhecemos há poucos anos e que temos 13 anos de diferença... Gosto de sentir que a idade (ou a diferença de idades) enriquece a nossa amizade e que o facto de existir um "mais velho" e uma "mais nova" só nos traz alegrias e partilhas diferentes! Sabê-lo presente e feliz, basta-me. Também eu me sinto responsável por ele!

Agora vou calçar-me e vou a correr dar-lhe o abraço dos 30 anos.

Parabéns!

1 comentário:

Gabriela Lacerda disse...

Antes de mais, Parabéns P.Rui ;) Felicidades.

E Maria, obrigado por recordares um excerto daquele livro que já ficou preso a todos nós, e ao qual ninguém consegue ficar indiferente. :)
Beijinhos